Péssimo aproveitamento em REDZONE. O que 2020 pode nos trazer de respostas?

De 76% de aproveitamento em redzone em 2020 para pifios 46% na atualidade, mas o que acontecia lá que não acontece cá?

De 76% de aproveitamento em redzone  em 2020 para pifios 46% na atualidade, mas o que acontecia lá que não acontece cá?

Por Victor D Franco


Em 2020, o Packers teve seu melhor ataque em Redzone em muito tempo, 76% de aproveitamento quando chegou nas últimas 20 jardas do campo adversário. Já em 2024 a coisa não chega nem próximo disso, Matt LaFleur comanda uma das piores unidades em Red Zone, cerca de 48% de eficiência.

Com isso em mente, vem a grande dúvida: por que o time está tão mal na red zone? Qualidade das jogadas, decisões ruins ou apenas péssimo desempenho dos jogadores?

Para isso precisamos nos debruçar próximo do melhor ataque do Packers no século e entender o que ele fazia de tão diferente e como isso pode servir de exemplo para o atual Packers.

Primeiro, é desnecessário elogiar a atuação de Aaron Rodgers no comando deste ataque, jogando como um legítimo maestro conduzindo a obras musicais compostas por Matt Lafleur, a dupla conquistou incríveis 32 TDs aéreos em Redzone, e mais 3 TDs corridos do próprio Rodgers.

Já com os Running Backs o desempenho não foi tão produtivo assim, porém não foi nada ruim, Aaron Jones, Jamaal Williams e AJ Dillon conquistaram 9 TDs terrestres e mais 3 aéreos, tendo cerca de 55% de jogadas em rezone. O Brilho do ataque mesmo ficou na eficácia da parceria de Rodgers e Adams. Nesse trecho do campo, a dupla combinou para 21/26 passes completos e 13 TD.

Impossível tirar a qualidade dos jogadores envolvidos aqui, foi o melhor “QB-Play” que o Packers teve no século, e isso foi conquistado com um Aaron Rodgers mais Gerenciador do que Mágico.

Nessa Thread de análise do perfil Endzone51 no Twitter destrincha como a melhor versão do quarterback surgiu no momento em que ele se tornou um bom executor do que estava posto na estrutura. Tudo funcionava por várias características individuais dos envolvidos. Mas o principal aqui a destacar foi como LaFleur soube explorar o melhor de cada um dos jogadores para que no momento de decisão das campanhas o time tivesse sucesso.

Em 2024 não temos um QB Hall da Fama em temporada de All Pro/MVP, temos um jogador em construção que conviveu com lesões. Love tem um aproveitamento de 57% de passes completos em Redzone. 13 TD, 2 interceptações e 3 sacks em redzone, Malik Willis complementa os números com mais 3 TD e 1 sack sofrido.

A utilização do jogo corrido aqui parece ser menos equilibrado que em 2020. Aaron Rodgers tentou 79 passes em redzone enquanto o time executou 75 jogadas de corridas. Enquanto agora, LaFleur já tentou 45 jogadas de passes com Jordan Love e apenas 32 jogadas de corridas, sendo 26 delas com Josh Jacobs. E não dá pra esquecer que Jordan ficou ausente em 2 jogos, onde Malik Willis apenas tentou 9 jogadas de passes em redzone, tendo 50% de aproveitamento e 2 TD.

Ao colocar isso em lupa, além da falta de aproveitamento dos jogadores em campo, existe uma relação de falta de qualidade das jogadas, equilíbrio de jogos e capacidade dos jogadores. E também existe uma sensação que Jordan está “muito mais solto” do que deveria. As tomadas de decisões, a maneira como ele se arriscou, e com tomadas de decisões ruins em sequências, dão a sensação que ele não está recebendo a mentoria que se espera de um quarterback em aprendizado. Pelo menos não parece.

Talvez esteja na hora de LaFleur recuperar coisas que ele executou em 2020, colocar mais Jordan Love como um operador do sistema como Rodgers fez. Os improvisos de Jordan precisam ser postos dentro da estrutura, o time precisa ser eficiente além do heroísmo do #10.


#GoPackGo




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