CAMPO E BOLA - O que eu vi de Cardinals vs Packers

Semana 6 - Sem muitos riscos e de forma dominante, o time conquista vitória com um grande desempenho.

Semana 6 - Sem muitos riscos e de forma dominante, o time conquista vitória com um grande desempenho.

“Romeo, oh Romeo, porque és tu, Romeo?” Sem nenhuma tragédia digna de Shakespeare, Romeo Doubs foi reintegrado ao elenco após a breve suspensão após as situações ocorridas na semana anterior, o atleta foi abraçado pelo elenco que foi uníssono: “é só amor, vamos seguir em frente e recebê-lo de braços abertos”. Não só ele, como Christian Watson que sofreu com uma torção de tornozelo também estava retornando aos treinos. O Packers teria todo o seu ataque à disposição.


Pelo lado defensivo, Jaire Alexander também retornou aos treinos depois de perder duas semanas devido a uma lesão complicada na virilha. Devido sua posição e as ações que faz em campo, torna essa lesão ainda mais complicada de tratar. Infelizmente nem tudo foi positivo quanto a lesões, Wyatt seguiu fora, ainda sem um diagnóstico noticiado sobre o grau de sua lesão no tornozelo. Musgrave que também lida com uma lesão no tornozelo foi transferido para a reserva de lesionados, deverá perder no mínimo quatro semanas no “estaleiro”, na sua vaga, o Packers adicionou o Tight End Ex-Falcons John FitzPatrick.


Com uma semana menos “complicada”, o Packers se preparou para receber o Cardinals no Lambeau Field, um jogo em que a equipe era ampla favorita. Seria um jogo em que o time deveria afirmar força e executar dominância. Positivamente isso foi feito, Matt Lafleur e seus comandados não deixaram que o jogo escapasse de seu controle, mesmo após pequenos erros no fim do primeiro tempo. Foi um jogo onde o melhor time confirmou ser o melhor time e não permitiu muito ao adversário.


O ataque apresentou boas variações, Jordan visivelmente mais móvel, permitiu a Lafleur mais variedades em chamadas, principalmente retornar a usar “play actions” em “under center”, artifício que teve uso reduzido nas duas semanas anteriores no retorno do QB a titularidade. A OL também teve um trabalho bem positivo tanto em sustentar a proteção ao passe quanto a abertura de espaço ao jogo terrestre. Jacobs, apesar de números modestos, foi muito eficiente em manter campanhas vivas e facilitar conversões importantes. Daniel Whelan, punter da equipe, só precisou executar um chute durante toda a partida. Mostrando o quanto a equipe se moveu bem em campo.


Romeo Doubs é parte importante do elenco, sua falta foi sentida no jogo contra o Rams, o jogador é um dos alvos de mais confiança de Jordan em momentos importantes, conversões de terceiras descidas e principalmente em passes contestados. Contra Arizona, o recebedor teve quatro alvos e três recepções, dois touchdowns e uma primeira descida. Ou seja, jogador de importância e confiança do quarterback. Christian Watson foi outro atleta que retornou para este jogo após ter perdido tempo na enfermaria, o atleta retornou em alto nível e também mostrando sua importância para o sistema de Matt Lafleur, foi alvo de quatro passes recebendo três deles, sendo um touchdown de 44 jardas e uma grande conversão de quarta descida.


Já a defesa teve mais uma atuação protagonista, começando o jogo segurando muito bem Kyler Murray e seu ataque, garantindo quatro punts em sequencia, sendo “3&Outs”. Contanto com um ataque com um ritmo longo, a equipe teve muito controle durante a grande parte do primeiro tempo, a exceção foi esse trecho final, onde o time cedeu 10 pontos sem resposta. Foi um touchdown, uma interceptação de Jordan Love que deu sequência a um Field Goal de Arizona. Parecia que seria um ponto de retomada do adversário dentro da partida.


Diferente de situações anteriores, onde a equipe do Packers parecia sentar e assistir passivamente o segundo tempo, permitindo assim que o jogo se complicasse, neste agiu diferente. A unidade forçou roubos de bola, desta vez sem interceptações, mas sim com três fumbles recuperados no segundo tempo de jogo, matando três das quatro campanhas que o adversário teve no segundo tempo. Dois destes roubos de bola aconteceram quando o Packers estava em seu campo de defesa. Aspecto de defesa protagonista dos jogos.


Evan Williams teve mais uma partida mostrando em campo o por que precisa estar o máximo de tempo possível jogando. Forçando roubos de bola, punts e evitando recepções, o atleta que não era um grande prospecto no pré draft, e escolhido na posição No 111, vem mostrando um desempenho empolgante. Não só ele como Edgerrin Cooper, que já em outras semanas já vinha de ótimos jogos, mostrou mais uma vez que o time é melhor quando ele está jogando, já se tornou o vice líder em “stops” (estatística que contabiliza uma “vitória” da defesa, quando um tackle é feito sem ceder tantas jardas), mesmo sendo um atleta que tem metade do tempo de campo que seu “rival” Isaiah McDuffie.


Rashan Gary e Kenny Clark finalmente estrearam para a temporada 2024. Os dois apresentaram bons desempenhos já por duas semanas seguidas, conseguindo gerar muitos problemas a proteção de Kyler Murray, que desconfortável, foi muito mais propenso a errar, principalmente em terceiras descidas. Karl Brooks que substituiu o lesionado Wyatt na hierarquia, também apresentou ótimo jogo, inclusive é dele um dos fumbles forçados e recuperados em excelente jogada, mostrando inteligência e leitura de jogo para evitar um “screen pass”.


Aos poucos o Packers vem encontrando mais solidez em seu jogo, principalmente encontrando quais peças devem estar em campo em momentos importantes. Apesar das vitórias ainda não virem contra times que são de grande nível. Os contextos desses jogos respondem a muitas desconfianças. Venceu de quem deveria vencer, dominou quem deveria dominar, e conquistou resultados importantes enquanto seu quarterback titular esteve fora de ação. O time mostra força e domínio de si. Como deve ser.


#GoPackGo




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